Bisfenol A um perigo na mamadeira do seu filho

Em notícia veiculada no site da revista Crescer “ Pesquisadores da faculdade de Saúde Pública de Harvard (Estados Unidos) analisaram por uma semana o nível de bisfenol na urina de 77 participantes que tomaram líquidos em garrafas de plástico. O resultado espanta: o aumento da concentração dessa substância na urina foi alto, chegando a 69%. Para os cientistas a situação seria mais grave quando o plástico é aquecido, ou seja, quando aquecemos a mamadeira e os potes de plástico. “ 

Enquanto pesquisadores do mundo todo aparecem a cada dia com novidades sobre os efeitos nocivos do Bisfenol A ( BPA) , substância presente na produção de plásticos poliestirenos, ao meio ambiente e aos seres humanos, no Brasil , a ANVISA considera seguro o consumo a quantidade de bisfenol no plástico não passar de 0,6 mg/kg. A briga contudo é de cachorro grande, pois as indústrias do setor de plástico, no mundo todo , resistem quando se fala em proibição. O Canadá saiu na frente e, pressionado por mães,  já proibiu o uso da substância.

As conclusões científicas são de que o aumento dos casos de câncer de próstata e mama, diminuição da contagem espermatozóides, puberdade feminina precoce, efeitos neurológicos semelhantes ao déficit de atenção e hiperatividade, diabetes e obesidade em animais de laboratório estão relacionados ao consumo de material plástico com BPA. E não a coisa para por aí . Outro polímero derivado do BPA está sendo monitorado pelo  governo canadense . Trata-se da resina epóxi, utilizada no revestimento interno de embalagens metálicas para evitar sua corrosão . Ou seja além do plástico, também todo o alimento enlatado pode nos contaminar e ao meio ambiente.

Muito bem , o fim está próximo, não podemos confiar mais nem nas mamadeiras. O que fazer?  Respirar fundo e agir. Não adianta pensar em quantas vezes você aqueceu a mamadeira ou o pratinho plástico do seu filho no passado – eu estou aqui abstraindo esses dados enquanto escrevo. A mudança dos hábitos de consumo e uma pressão nos órgãos fiscalizadores e produtores é a saída.  Saiba mais sobre o assunto no site O Tao do Consumo e o blog Jornada aos Restos do Mundo

Fontes : Revista Crescer, Olhar Vital ( página da UFRJ), blog Zona de Risco, Ciência Diária