As mães da turma do meu filho são bastante unidas. Nos falamos sempre sobre os problemas que eventualmente encontramos na escola, sobre os progressos dos filhotes e todos aqueles assuntos de mãe, vocês sabem a que me refiro :-). Semana passada recebi este email da Fabiana, a quem agradeço a divulgação do material, que descobriu um problema na visão da filha Luiza agora #aos3. Eis o texto:
“Oi meninas,
Tudo bem? Não sei se alguém da turminha já contou em casa, mas hoje foi o primeiro dia da Luiza usando óculos. Quero compartilhar com vcs esta experiência, que foi realmente uma surpresa. Quando a Luiza foi na sua última consulta ao pediatra, ele pediu uma avaliação oftamológica e odontológica de rotina que sempre pede a todos os seus pacientes quando completam 3 anos. Marquei a consulta algum tempo depois, pois era final de ano e tinha certeza que ela não tinha problema algum, pois nunca tinha percebido nada.
Durante avaliação levei um susto. Quando foi tampado o olho esquerdo ela decifrava todas as imagens, até mesmo, em longa distância. Quando fechamos o direito encontramos o problema, Luiza não enxergava quase nada e tentava puxar a minha mão de cima do seu olho para conseguir decifrar a imagem. Fiquei bastante tensa e descobri que tinha 5 graus de hipermetropia no olho esquerdo e que mesmo que colocasse grau neste olho não conseguiria enxergar pois a musculatura estava atrofiada por ela ter se adaptado com um só e não esta usando o outro. Fiquei muito frustrada de nunca ter observado nada e a médica disse que é realmente assim, pois ela já nasceu assim e de adaptou sem desenvolver nenhum "tique".
A solução graças a Deus existe. Mas porque eu descobri a tempo.
Estes casos geralmente só são descobertos na alfabetização e esta correção só funciona até aproximadamente 7 anos quando o músculo ainda se recupera e consegue ver com o grau. Para desenvolver este olho vai ser preciso usar além do óculos com grau, um tampão(oclusor) no olho bom para forçar o que precisa. Mas só vamos começar com o tampão no final do mês, quando já estiver adaptada ao óculos.
No começo será aflitivo, pois vamos tampar o olho que ela enxerga, mas estou confiante em um resultado rápido. Confio muito na cooperação da minha princesa, pois é uma menina muito corajosa e dedicada.
Estou estimulando bastante o uso do óculos e por enquanto esta um sucesso, pois a própria professora usa óculos.
Hoje quando cheguei na escola foi uma novidade todos vieram ver e admirar, uma das crianças já avisou de longe: "Olha a Luiza de óculos!".
Além do aperto no coração que a mãe sente quando vê que o filho tem algum tipo de problema que precisará se esforçar para superar, o depoimento da Fabiana é um alerta para todos que tem a possibilidade consultar um bom médico, o que infelizmente é coisa para poucos no Brasil. Precisamos estar atentos à eventuais problemas que muitas vezes estão ocultos como o da Luiza. É claro que ela está fazendo o maior sucesso na turminha e conseguiu ficar mais linda ainda de óculos, mas o principal é que seu caso foi descoberto no momento certo. Abaixo a foto da princesa Aurora/Luiza depois da consulta.
Veja abaixo um trecho uma matéria do site Filhos&cia sobre o assunto :
Cerca de 57% das crianças com visão alterada se mostram desatentas, agitadas e têm dificuldade de aprender. É o que revela um estudo feito pelo Instituto Penido Burnier (Campinas, SP).
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia, afirma que 12% das crianças em idade escolar precisam usar óculos, entretanto, 80% nunca fizeram exame. Em entrevista ao jornal O Dia, o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto alerta que o primeiro exame oftalmológico deve ser aos três anos. Em casos de pais míopes o teste deve ser antecipado para dois anos.
Um levantamento feito com 36 mil crianças entre três e oito anos mostrou que a visão se desenvolve até os sete anos de idade.
Especialistas dizem que é importante, logo após o nascimento, realizar o teste do olhinho, pois a falta de óculos pode levar ao estrabismo ou à ambliopia, que é o desenvolvimento desigual das vistas e a maior causa de cegueira infantil.Segundo especialistas os problemas mais frequentes nas crianças são miopia (dificuldade de enxergar de longe) e hipermetropia (de perto). Ele diz que o tratamento para as doenças é feito com uso de óculos, além de exercícios para a vista. Em casos de ambliopia, é indicado que a criança deva usar tampão na vista saudável a fim estimular a que enxerga menos. Nem sempre criança não sabe expressar que não enxerga. Para aquelas que não sabem ler, são usados desenhos para identificar problemas.
Sintomas mais apresentados
- Até os dois anos: lacrimejamento constante, fotofobia, íris muito grande, com reflexo, cor acinzentada ou opaca, falta de interesse pelo ambiente e pessoas, olhos vermelhos e presença de secreção, fecha um dos olhos em locais ensolarados.
- De dois a sete anos: tomba a cabeça para um dos lados, dor de cabeça ou nos olhos frequentemente, assiste TV muito próximo ao aparelho, olhos desviados para o nariz ou para fora, esfrega os olhos após esforço visual, apresenta letras tortas e grandes demais para a idade, falta de atenção nas aulas, quando vai escrever, se aproxima muito do caderno, esfrega o olho constantemente.
Fonte: Equipe Filhos&Cia.