Criança e Cinema

Uma das melhores coisas da maternidade é poder presenciar as primeiras experiências de um ser humano . Eu sou uma cinéfila assumida e por mais confortável, barato e cômodo que seja assistir a um DVD em casa, para mim, nada se compara à magia da sala escura. 

Não lembro qual foi o filme que passava na minha experiência inaugural no cinema. Lembro, sim,  o primeiro que marcou. Foi Cinderela de Disney; eu fiquei com medo da Malévola. Minha geração tinha dessas coisas. Hoje acho que o medo acabou . Ou se transformou em outros medos mas isso é assunto para outro post. Estou escrevendo agora para falar da primeira vez no cinema do meu filho, Ernesto, que aconteceu no último domingo.

A ideia de comemorar o aniversário de 3 anos com uma sessão de cinema me causou uma certa estranheza. Pode ser até comum mas, juro que ao receber o convite imaginei uma choradeira depois de passada a primeira meia hora. Mas, como em uma sessão especial para amigos não se corre o risco de incomodar o vizinho de poltrona, animei. Só ficou a dúvida:  qual seria a reação de crianças tão pequenas a um filme tão longo ( 103 minutos)?

O filme Toy Story 3  é garantia de diversão para crianças e adultos. E acredito que neste caso a escolha foi perfeita. Familiarizados com os personagens de Toy Story e sua linha de brinquedos, as crianças torceram por Woody e seus amigos animadamente. Ernesto assistiu atento ao filme, contando a cada cena o que acontecia animado. Pediu para ir ao banheiro apenas uma vez e por um repeteco da pipoca, faltando apenas 5 minutos para o fim da sessão deu um cochilo e saiu do cinema feliz da vida . Eu consegui assistir ao filme inteirinho,  na maior paz.

O ponto algo da aventura foi a carinha do pequeno quando a luz foi apagada e a tela grande ficou evidente . O queixinho caiu, litealmente, e a boquinha ficou aberta por algo em torno de 30 segundos até que dissesse: “ Olha, mãe, o Mickey!”.