quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Bullying e o que podemos fazer



O Bullying, termo , segundo o Wikipedia,  usado para descrever uma forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco é,  para os brasileiros, novo como nomenclatura mas antigo como prática. O ato de humilhar o outro por não se adaptar aos valores do grupo, por ser diferente em qualquer sentido ou qualquer outro motivo não é novidade para ninguém. Todo já ouvimos falar, vimos acontecer ou fomos vítimas deste tipo de abuso. Aos olhos de alguns, o bullying pode parecer apenas coisa de criança ou de indivíduos bem humorados, que gostam de fazer brincadeiras com seus coleguinhas. A verdade contudo, é que trata-se de um comportamento inaceitável , uma vez que atinge a vítima em seu íntimo e pode trazer consequências sérias.

O apresentador Serginho Groismam, sempre em sintonia com a garotada e seus problemas ( vivo me perguntando porque colocam um programa tão bom como Altas Horas na madrugada de sábado quando a maioria das pessoas está na fora de casa) , entrou no debate e na luta contra o bullying.  O video abaixo mostra a entrevista de Serginho com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, autora do livro Bullying- Mentes Perigosas na Escola e vale a pena ser visto. 





A ABRAPIA, Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à infância e Adolescência mantém em seu site um Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes que orienta a atuação de pais e educadores na empreitada.

O que podemos fazer como pais? Sinceramente tenho tanto medo de que meu filho seja vítima de bullying quanto de que ele seja o valentão que venha a humilhar quem quer que seja. Debater o assunto, insistentemente, é uma forma de manter viva a indignação e buscar juntos soluções. Estar atento ( sempre alerta, como os escoteiros) parece ser o primeiro passo, mas estar informado e aberto ao diálogo com as crianças é fundamental por toda a vida e, principalmente nesses casos. Segundo os especialistas, existem comportamentos que podem indicar que uma criança ou adolescente esteja sendo vítima de violência na escola como, por exemplo:

* Alegações de súbito mal estar na hora de ir para a escola;

* Manifestação de desejo de trocar de escola;

* Queda no rendimento escolar;

* Mudança de humor repentino.

É preciso ainda, cobrar da escola uma postura firme contra a prática do bullying e o envolvimento comprometido de professores e funcionários de modo a coibir a violência dentro o ambiente escolar , apoiar e proteger e orientar os envolvidos.








10 comentários:

  1. Oi Vanessa, muito legal vc ter tocado nesse assunto, tive um probleminha desses em casa. Percebi que o meu filho, 7 anos, não queria mais ir pra escola e estava indo muito mal, subitamenre ele tinha desaprendido a ler, de tal forma que fomos chamados na escola, daí um amiguinho do ônibus me disse que um menino estava infernizando a vida dele. Bom, foi complicado para mim assumir que ele não podia se defender, xingando de volta ou gritando com o menino, até que o meu marido (que teve sérios problemas desse tipo na infância) abriu os meus olhos e então fomos a escola. Graças a Deus tudo se resolveu.
    Aprendi que muitas vezes o que parece tão fácil para nós pode ser um monstro na vida dos nossos filhos, então devemos levar um pouco mais a sério as reclamações e estudarmos juntos soluções para resolver esses problemas para que não se transformem em nada muito sério.
    Bjo bem grande!!!
    Amo os seus blogs!

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  2. Oi Vanessa, ótimo vc ter tocado nesse assunto, ótimo e fundamental. Escola e família precisam estar preparados para lidar com esse tipo de situação e sinceramente, como educadora penso que nem um nem outro estão preparados e talvez nunca estarão, pq quando vc pensa que cobril um problema, um motivo de chacota, na outra estremidade aparece outro e mais outro... Enfim o debate sempre deve esta vivo e ser continuo, Bullyng é coisa serissima e pode tornar a esperiência escolar traumatica!!!

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  3. Para evitar isso com certeza que deve haver uma união entre a escola, pais e aluno.
    Esse assunto assusta mesmo. Medo, muito medo do nosso filho sofrer coisas que uma criança não deveria sentir: medo, raiva, humilhação, ou ao contrário, infernizar os menores...

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  4. Gostei muito dessa postagem, e eu passei por isso quando estava na quinta serie e é mto ruim mesmo, te desmotiva totalmente em relação a escola, graças a Deus não tive grandes problemas psicológicos......
    esse é um assunto muito complicado na minha opinião. as vezes os pais podem perceber e tentar fazer alguma coisa, e caba piorando tudo mais ainda.

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  5. Passei por isso na 8º serie, porém, como eu ficava isolado dos "grupinhos" eu fiquei meio "nerd" e estudava mais, tentando esquecer dos insultos. Pior de tudo foi a falta de ação dos diretores.

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  6. Esse assunto realmente precisa ser debatido. Passei da 5ª série à 7ª série sendo vítima de bullying. Tentei inúmeras vezes conversar com professores, diretores, supervisores, meus pais e nada. Meus pais não davam muita bola, achavam que era só coisa de criança. Uma supervisora chegou a dizer que era eu que o culpado de tudo, que os outros só me humilhavam porque eu mesmo desejava isso. Vocês podem imaginar o estrago que esse tipo de coisa faz na mente de uma criança... Na sétima série eu me sentia tão acuado, com tanto medo e pavor da escola, que um dia eu simplesmente perdi a cabeça. É o tipo de coisa que você só deveria sentir com uma ameaça de morte iminente, mas o bullying conseguiu simular tal situação em minha mente com perfeição. Como qualquer animal que teme pela vida e sente acuado, ataquei meu agressores de frente com o intuito de matar pra não morrer. Nem o professor conseguiu me segurar, que na explosão de raiva e medo era apenas mais uma ameaça a ser eliminada aos meus olhos. A única coisa que me impediu de conseguir matar alguém foi o grito de uma guria que, por algum motivo que nunca vou compreender, gostava de mim e nunca se juntou a humilhação que os outros promoviam. O grito dela trouxe de volta minha consciência, mas neste ponto já havia causado um bom estrago na sala e em alguns alunos. O mais "bacana" de tudo é que a escola, depois de me neglicengiar por anos, me tratou como um delinquente. Quer dizer que depois de passar anos sendo humilhado e ter todos os meus pedidos de ajuda negados eu que sou o culpado quando finalmente perco a cabeça? Pelo menos meus pais finalmente perceberam que o problema era grave e tomaram o meu lado.
    Enfim, graças a tudo isso até hoje tenho problemas para controlar minha raiva e preciso fazer acompanhamento psicológico e psiquiátrico pra ver se as feridas mentais cicatrizam.

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  7. Oi Vanessa! Eu não me lembro de nenhuma experiência com bullying, mas sei que é problema sério.

    Vou divulgar a blogagem lá no Enquanto Esperamos também! E obrigada por divulgar a promoção.

    Beijão

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  8. nossa, o comentario do bruno pareceu contar minha vida.
    Na verdade, acho que não consigo puxar na memoria um momento escolar meu o qual eu não tenha sofrido com isso, ate ter decidido chutar o balde, no meio da setima serie. Sofri, a vida toda, por causa do meu peso. a partir da minha 1 serie eu comecei a sofrer chacotas ligadas a isso, inicialmente por ser tb mais alta que as outras crianças. dai em diante, podiam mudar os valentões, mas eles sempre estavam lá. Ler esse post me fez revee muitas coisas na minha vida... vou muito aderir ao movimento sim.

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  9. Parabéns ao bruno, pela seu belo depoimento. Eu como educadora, faço minha parte. Não permite nenhum tipo de brincadierra boba, estupida, que possa humilhar alguém ou até mesmo os colegas de sala ou escola.
    Sei o quanto está sério este tema. Este tipo de brincadeira, esta deixando todos muito preocupados. Buscando várias alternativas para ajudar e entender. Infelizmente a educação do jovem de hoje está muito complicada. ela não houve mais, não quer respeitar é pura violência.
    Até mesmo nos jogos virtuais, está cheio de violência. onde fica a questão das autoridades, que permitem esses tipos jogos, sndo vendidos, comercializados publicamente e nada fazem? essa é a nossa grande responsabilidade o de educar e procurar evitar. Mas está muito dificil. O que nos resta é muita orientação para esses medninos, adolescentes e jovens quase adultos se envolvendo de uma forma ou de outra com esse tipo de divesões.É uma pena que somos muito pouco responsáveis por isso..
    Infelizmente tem que haver uma medida muito maior perante as autoridades. O Governo tem que buscar medidas que levem a não veiculção, seja de jogos ou desenhos animados que indugem a violência. Muitos são motivados pelas brincadeiras e acabam machucando os colegas.Não tem noção do perigo que os rodeiam. São levados quem Maria vai com as outras.
    Nossa..acho que quase fiz a minha postagem aqui..
    Desculpe. Mas acho que vou aproveitar e levar para fazer o poster.
    amada um grande abraço. Estamos ai. Amanhã eu postarei.
    Vou organizar tudo agora. Muito obrigada.
    sandra

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  10. nossa, o comentario do bruno pareceu contar minha vida.
    Na verdade, acho que não consigo puxar na memoria um momento escolar meu o qual eu não tenha sofrido com isso, ate ter decidido chutar o balde, no meio da setima serie. Sofri, a vida toda, por causa do meu peso. a partir da minha 1 serie eu comecei a sofrer chacotas ligadas a isso, inicialmente por ser tb mais alta que as outras crianças. dai em diante, podiam mudar os valentões, mas eles sempre estavam lá. Ler esse post me fez revee muitas coisas na minha vida... vou muito aderir ao movimento sim.

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