terça-feira, 8 de junho de 2010

Brinquedos Demais? #criancaeconsumo



Alvos inocentes das pesadas estratégias de marketing, algumas crianças tem brinquedos demais. Boa parte dos pais não sabe o que fazer com tanto brinquedo. O interesse pelos brinquedos,  numa roda-viva de consumo sem sentido, se perde em poucos dias. Sua funcionalidade , de acordo com a faixa etária, se perde naturalmente em meses ou poucos anos. Se não houver um irmão para herdá-lo, o pobre brinquedo injeitado corre o risco de ficar esquecido, como o Woody de Toy Story,  lembra?

Uma ideia que chegou ao Brasil é o aluguel de brinquedos. No Clube do Brinquedo é possível alugar o que quiser por um preço mensal. Para mim parece ainda estranho alugar brinquedos, mas pode ser uma saída para quem gasta muito com eles. Minha história com os brinquedos é engraçada. Lembro que minha mãe me dava um brinquedo todos os dias quando eu tinha uns 5 ou 6 anos.  O pai, absolutamente horrorizado com aquilo dizia que ela estava me estragando e que se um dia viessem as vacas magras eu sofreria muito. 

Meu pai faleceu quando eu tinha 7 anos e as vacas naturalmente emagreceram mas eu tinha tanta coisa para brincar que simplesmente não senti falta dos presentes diários. Ou isso ou eu sempre fui uma boa menina, como o pessoal lá de casa costuma dizer. Acho que minha mãe errava ao me dar tantos presentes e que meu pai tinha razão. Eu poderia " estragar" sim e, se isso aconteceu, foi por pura sorte. Aqui em casa não existe isso de presente fora das datas especiais. E quando meu filho ganha alguma coisa fora de hora , o presente está dentro de um contexto, como o helicóptero que ele ganhou depois de visitar um heliporto no Pão de Açúcar. O presente faz sentido e parte do passeio, então tá valendo. 

É certo que cada família possui princípios e condições econômicas particulares mas é muito bom estar atento a o que a criança ganha para brincar e no que aquele brinquedo poderá ajudar em seu desenvolvimento. E quando sobra brinquedo em casa, sempre é possível  vender em um brechó infantil e gerar receita para um presente novo ou simplesmente doar para quem não tem tanta sorte na vida.  No mais é deixar nossos filhos  no mundo da imaginação, este lugar incrível em que nos é permitido viver quando somos pequenos.

9 comentários:

  1. O Clube do Brinquedo não deseja estimular o consumismo desenfreado nas crianças nem é adepto de práticas publicitárias que desrespeitam este público. Concordamos que presentes, para serem valorizados, devem ser dados em ocasiões especiais. Entretanto, também pensamos que quando se trata de crianças pequenas, em especial as que tem menos de três anos, a espera por datas especiais para receber brinquedos é muito longa, já que o desenvolvimento dos bebês é muito rápido.
    Diante disto, e considerando o alto custo de brinquedos seguros e de qualidade, acreditamos no aluguel como forma prática, econômica e sustentável de propiciar às crianças o acesso amplo a uma grande variedade de estímulos.
    Também pensamos que as crianças podem crescer aprendendo que não serão as únicas usuárias daquele brinquedo, o que permite que elas desenvolvam o desapego àquele objeto e ao mesmo tempo o aprendam a respeitar, cuidando para que possam ser brincados por outras crianças.
    Trata-se de um conceito novo no Brasil, onde não existe esta cultura do aluguel. Em outros países, em especial em Singapura e Nova Zelândia, esta prática já está difundida entre as mães de crianças pequenas.
    Atenciosamente
    Clube do Brinquedo

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  2. Adorei o post! Aqui em casa, boa parte dos presentes (em exagero, já que Laura é a primeira neta e bisneta na família de meu marido) fica no armário. Eu vou revezando, e ela sempre tem uma novidade em mãos. Também tenho deixado alguns num brechó aqui perto, onde vende-se por consignação e aproveito para comprar outros usados, baratos e em bom estado. Adorei a idéia do clube do brinquedo. Vou visitá-los!

    Beijão

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  3. Aqui em casa Rebeca tem poucos brinquedos. Não estamos vivendo uma fase muito facil, e sim de dificuldades. Mas ela não se importa, afinal, com apenas 8 meses, as brincadeiras que interagimos com ela são muito mais interessantes.

    No entanto, as coisas foram bem diferentes na minha infancia. Eu e minha irma mais velha tinhamos muitos brinquedos, realmente muitos, a ponto de eu não e lembrar de metade deles. Mas, apesar disso, meus pais tinham uma politica, que perdura ate hoje em outros aspectos da minha vida, de que 1 vez ao ano sentariamos e organizariamos as coisas e doariamos tudo aquilo que não usavamos mais. Passamos a participar do processo assim que tivemos capacidade para entender.
    Nem sempre foi facil, pois em muitos casos tinha todo um apego emocional mais importante que o fato de não usarmos mais os brinquedos. MAs ainda sim, isso despertou em mim uma vontade muito grande de ajudar o proximo e me ensinou a dividir o que tinha.
    Ate hoje, uma vez por ano, geralmente no inverno, faço uma limpeza geral nos meus armarios, e separo as roupas que não uso mais, para doação.

    Tavez o segredo não esteja em deixar de ter as coisas, mas sim em ensinar a dividir. :)

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  4. Com o filho já entendendo melhor separo os brinquedos que ele não usa mais e digo que vamos dar para outras crianças que não tem. Aceita numa boa :)

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  5. Aqui em casa, os brinquedos passam pra todos.Ao comprar, cuidamos praque sejam aqueles próprios às faixas e em geral, da Fhisher Price e esses, não acabam nuuuuuuuuuunca. Tenho aqui, coisas de 14 anos atrás, passou por todos e todos brincaram muito. E temoos um costume.A cada brinquedo novo que entra, um sai e é dado.

    beijos,chica

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  6. É bom a manisfestação de auto ajuda, para os pais que só tem um filho em idade inferior a 12/13 anos.
    Eu tenho 12, e os brinquedos que foram dados a mim desde pequenininho, e hoje sou etimulado a doar, como fizemos por várias vezes em creches e comunidades carentes. Não passou pela minha cabeço que haveria um ponto de aluguel, acho a iniciativa boa.
    Preservo alguns dos quais eu gosto mais e mantenho em arquivos para poder no futuro mostrar aos meus filhos.
    Abraço

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  7. Quando eu era pequena lembro de valorizar muito os brinquedos, ter muito cuidado e ter a noção de que cada brinquedo era caro, único e precisava ser cuidado. Hoje acho que existem muitos brinquedos carissimos mas vejo uma banalização de brinquedinhos baratos. Nas festinhas da escola as criancas acabam saindo com 20 , 30 brinquedinhos que elas muitas vezes não valorizam, e isto me incomoda bastante. Procuro tentar explicar para meu filho a importância de ganhar, de cuidar, de valorizar, espero que eu esteja no caminho certo!

    bjs

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  8. Adorei tanto o post anterior (com a dica dos livros!), qto este aqui c/ a dica do Clube do Brinquedo. Excelente idéia!
    Eu sou um pouco radical com isso, não gosto dos brinquedos carissimos (mesmo se são, obviamente, lindos!), gosto desses de madeira ou outros bem baratinhos. Somos muitos a dar-lhe presentes, nos, a familia...então, ela não falta de nada, ms eu tb sou daquelas que esconde alguns no armario e de vez em qdo, "saco" algo novo, que ela esqueceu e ela fica feliz da vida! Acho que não precisamos de tanto e devemos valorisar e brincar bastante com o que temos!

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  9. É bom a manisfestação de auto ajuda, para os pais que só tem um filho em idade inferior a 12/13 anos.
    Eu tenho 12, e os brinquedos que foram dados a mim desde pequenininho, e hoje sou etimulado a doar, como fizemos por várias vezes em creches e comunidades carentes. Não passou pela minha cabeço que haveria um ponto de aluguel, acho a iniciativa boa.
    Preservo alguns dos quais eu gosto mais e mantenho em arquivos para poder no futuro mostrar aos meus filhos.
    Abraço

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